Eu continuo por aqui esperando sair minha cidadania. O processo agora começou a andar efetivamente. Assim, penso que dentro de uma ou duas semanas já estarei com minha carteira de identidade italiana na mão. Quando ela sair devo partir para Viareggio, uma cidada litorânea mais ao norte, na região da toscana. É uma cidade bem maior que Sicili, pois lá vivem umas 70000 pessoas e devo trabalhar até setembro em algum emprego de temporada, ou seja, garçom ou coisa que o valha. Camila chega em três semanas, de modo que, finalmente, viverei minha vida de casado.

Enquanto isto, continuo aproveitando para conhecer um pouco do sul da Itália. A foto abaixo mostra eu e meu amigo Carmine, o qual mora em Sicili, em frente à Certosa de Padula. Infelizmente, não conseguimos entrar, pois fomos no único dia em que ela se encontra fechada. Neste dia, ainda fomos em uma espécie de zoológico, mas todos os animais estavam escondidos. O clímax do dia foi assistir a um pato comendo um calango...

A outra foto segue a sequência monumentos históricos religiosos. Esta é a Igreja de Morigerati com uma autêntica viúva italiana (vestida de preta em um sol de matar) em frente. É uma igreja construída há uns mil anos atrás. Todas as igrejas por aqui têm este mesmo estilo.

De resto não há tenho muitas novidades. Em Sicili a vida continua tranquila como sempre. Outro dia houve uma tentativa de invasão alienígena por aqui, mas ciborgs italianos rechaçaram o ataque. Assim, o ritmo por aqui continua lento.

O pessoal daqui é muito gentil e nos trata como hóspedes da cidade. Assim, é comum alguém resolver pagar uma cerveja para mim ou então dar alguma coisa que tenha plantado em casa, como limões, como presente. A diferença maior com relação aos primeiros dias é que atualmente sinto que tenho alguns amigos.

Semana que vem o Daniel vai para Scario, uma cidade próxima, trabalhar. Arrumou um emprego por lá e fica até o fim de Agosto.

Sinto saudades do Brasil, especialmente das pessoas queridas que ficaram para trás. Então abraços e beijos para amigos e parentes que por ventura leiam isto aqui...

San Severino di Centola

Em geral, meus dias aqui em Sicili se dividem entre aqueles nos quais vou visitar ruínas, nos quais vou à praia ou então entre aqueles em que fico em casa à toa. Neste caso, estudo um pouco de italiano, vejo TV também em italiano, toco um pouco de violão, dou uma arrumada em meu quarto, etc...

Entre os passeios em ruínas, um que foi especialmente interessante foi minha ida a San Severino de Centola, um burgo medieval do qual hoje restam alguns vestígios. Já faz algumas semanas que estive lá, mas como apreciei o passeio, resolvi colocar algumas fotos.

Sicili

Bem, hoje vou colocar algumas imagens da cidade onde atualmente vivo, Sicili. Algumas pessoas às vezes confundem e acham que estou na Sicilia, mas não é isto. Sicilia é a famosa ilha no sul da Itália, conhecida por ser o local de origem da máfia. Sicili, por outor lado, é uma cidadezinha mínima, que fica na região da Campania, isto é, a região da qual as principais cidades são Nápolis e Salerno. Não estou certo de quantos habitantes exatamente tem em Sicili. Parece-me que quando não é o verão habitam aqui algo entre 200 e 300 pessoas. No verão, as pessoas que moram em outras cidades para trabalhar e estudar voltam, quase dobrando o número de habitantes para algo em torno de 500 pessoas. A maioria dos jovens de minha idades estão por aí, principalmente em Milano. Como tem pouquíssimas pessoas vivendo aqui, na cidade não se pode encontrar de tudo, por exemplo, uma lanhouse. Há umas duas mercearias, pizzaria (ha, não poderia faltar), bar, farmácia... Mas não tem um açougue por exemplo. Então tem coisas que eu tenho que comprar em outras cidades.

A vida aqui é hipertranquila. Não existe vida noturna. A única coisa que há para se fazer à noite é conversar sentado em uma mureta que fica na rua acima de nossa casa. Ali os jovens costumam se reunir. Mas por volta das 23:00 a maioria já foi dormir. Em geral, ficamos eu, Daniel e mais um ou outro que estão mais animados até por volta de 1:00 da madrugada conversando. E é tudo.

Vejamos algumas fotinhas:
Primeiro a vista da varanda da minha casa. Esta é minha rua e, ao fundo, aparece Morigerati. Na verdade Sicili é um distrito de Morigerati, mas esta é também pequeniníssima. Deve ter o mesmo tamanho de Sicili. Engraçado é que existe uma certa rivalidade entre as duas cidadelas.
















Nesta segunda foto, estou eu no alto de uma montanha próxima com Sicili ao fundo. Nesta foto dá para sentir o drama de como a cidade é pequena e em volta só existe mato, ehehhe...














Esta terceira foto é de Sicili fotografada de Morigerati. Parece mais um bairro... ehhehe..

















A quarta é da entrada da cidade.

E esta última é o Daniel na mata lateral ao rio que divide Sicili e Morigerati. Este lugar é realmente muito bonito.

Elea

Hoje fiz um passeio bem legal (na verdade, fizemos, porque fomos eu, Daniel, Lenice e Seu João. Este últimos moram na mesma casa que eu). Fui em uma cidade, relativamente próxima, chamada Ascea. Nela tem as ruínas da cidade grega Elea, posteriormente chamada de Velia pelos Romanos. Vale ressaltar que o sul da Itália, na antiguidade, era dominado pelos Gregos e conhecido como Magna Grécia. Elea foi a terra dos importantes filósofos gregos Parmênides e Zenão. Posteriormente, na Idade Média, ali construíram um castelo, do qual também há ruínas. Algumas fotos:

Primeiro, eu no meio de umas ruínas da antiguidade, muros, colunas, etc, com a torre medieval ao fundo.

Em seguida, eu em frente ao teatro dos gregos, no qual cabia umas 2000 pessoas. Atualmente resta pouco dele. Atrás, à direita a capela e à esquerda a torre do castelo medieval.

A terceira foto é da bela paisagem da torre.

A quarta sou eu segurando um machado de guerra imaginário.

E, por fim, o meditârreo que fica logo atrás deste cenário. Após este passeio, pegamos uma praia em Ascea. Por sinal, boa praia, pois tem bastante areia, ao contrário de outras que existem por aqui.

Este post fica dedicado, em parte, aos meus amigos Gui-Metal e Luiz Macacóide, admiradores da filosofia e história antiga e, de outra parte, à turma dos bárbaros: Rafael, Léo, Lopes e Pedro Bárbaro, evidentemente por causa do castelo medieval.

Então tchaaaaaaaaaaau...

Internet em casa!

Pronto! Agora já tenho internet em casa. Como a conexão é feita via celular ela é um pouco lenta. Mas não tem problema. Agora está mais fácil fazer contato com o Novo Mundo!!

Ah... o mar...

Esta é a praia de Sapri, onde o mar é belo mas não tem muita areia. Basicamente nas praias daqui tem pedras. Vou constantemente nesta praia porque é uma das mais próximas e acessíveis com relação a onde moro. Neste dia estava meio frio, mas em geral tem dado para pegar uma prainha. É nesta cidade que eu acesso a internet.

E esta outra praia fica em Marina de Camerota, que é mais bonita que a de Sapri, só que fica um pouco longe. Por isto só fui lá uma vez.

A vida por aqui está tranquila. Já estou mais enturmado em Sicili. Há basicamente duas gerações na cidade, dos jovens de até uns 18, 20, e os velhos aposentados. Então eu converso com as duas gerações já que tem pouca gente de minha idade por aqui. Eles falam um dialeto local e italiano. Do dialeto local não entendo nada. Por isso só me comunico com eles em italiano. Por sinal, a cada dia estou falando um pouco melhor, o que ajuda bem na integração. Aqui no sul da Itália praticamente em todas as cidades tem um dialeto que é um pouco diferente dos outros. Coisa estranha para um brasileiro, que vive em um país enorme onde todos falam o mesmo idioma.


Bem, além disto, estou jogado bola com os garotos da cidade. Aqui não tem futebol de salão, então jogo no campo. Na verdade o campo é de terra batida e nós jogamos com o tamanho reduzido. Ainda não joguei em tamanho oficial. Mas já me divirto bastante com isto.



Há duas semanas chegaram 3 outros brasileiros na casa onde vivo. Esta ai:












Antes deles chegarem, achei que seriam três jovens buscando cidadania para viver na Europa, algo similar a eu e Daniel. Mas foi uma surpresa total. Um senhor e uma senhora de uns 70 anos, Seu João e Dona Penha, e a filha do seu João, a Lenice, que tem por volta de uns 40. Eles também vieram pedir cidadania mas por motivos diferentes dos nossos. Seu João e Dona Penha para tentarem se aposentar na Itália e a Lenice para passar para os filhos.

Mas, apesar da diferença de idade, está tudo tranquilo por aqui. Eles são pessoas legais e a convivência é boa. Além disso, a casa é grande, de modo que há um quarto para cada um e tudo o mais.



Bem, por ora é isto...



Abraços e beijos para todos amigos brasileiros! Estou com saudades de vcs!!!

Da Janela Lateral...

Esta é a Paisagem que eu vejo da janela do meu quarto.. nada mal hein...

Agora o ônibus está quase partindo. Então depois eu coloco mais fotos..

Tchaaaaaaaau...

Roma!!

E aí pessoal, hj eu dei um jeito de atualizar isto aqui. Está muito dificil de atualizar e mandar notícias para todos pq a Lanhouse mais perto de minha casa fica a mais ou menos 20 kms de e só tem onibus para cá três vezes por dia. Quando eu chego de ônibus é quase a hora da sesta e a lanhouse fecha (aqui na Itália 13:30 mais ou menos tudo começa a fechar e só reabre no fim da tarde). Quando abre de novo a lanhouse é quase a hora em que devo partir. Então está difícil de acessar. Estou tentando colocar internet na minha casa via celular, mas estou enfrentando infinitos problemas de configuração. Espero que consiga em breve. Mas taí... uma foto minha e do Daniel em Roma. Eis o Coliseu.